Afirmação é do secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Rodrigo Lorenzoni, que participou de encontro com prefeitos do Vale do Taquari
Palestrante da assembleia geral da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) sexta-feira, dia 15 de março, em Estrela, o secretário de Estado de Articulação e Apoio aos Municípios defendeu parcerias para enfrentar as dificuldades do RS e das prefeituras. “Temos que buscar caminhos em conjunto, pois talvez este seja o ano mais importante da história do Rio Grande do Sul. Não podemos ficar só no discurso ideológico, senão não vamos virar esta página”, afirmou Rodrigo Lorenzoni, citando o déficit de R$ 2 bilhões anuais do Estado e a necessidade de rever o Pacto Federativo, aumentando os recursos repassados aos municípios.
Conforme o secretário, que recebeu do presidente da Amvat, prefeito Jonatan Brönstrup, demandas do Vale do Taquari em nível federal e estadual, o governo será parceiro das pautas pontuais dos municípios e quer trabalhar com as associações de municípios por acreditar que este modelo trará resultados efetivos. “Não vou prometer o que não possa cumprir. As portas do governo estão abertas às associações”, enfatizou. Ele destacou, em sua fala aos prefeitos, que sua pasta pretende acompanhar os projetos das prefeituras, trabalhar na melhoria da gestão pública e na comunicação com os municípios, disseminando informações para incentivar a gestão.
Saúde e energia
Entre as demandas apresentadas pelos prefeitos, questões como saúde e energia elétrica pautaram a maior parte das manifestações. “Nosso Vale é empreendedor, mas perde milhões por causa da energia, e também pelas deficiências em telefonia e internet. Temos que fazer mais cobranças às concessionárias”, pediu o vice-presidente da Amvat, prefeito de Imigrante Celso Kaplan. A falta de perspectivas para o repasse dos valores em atraso na saúde também foi citada. Em nome do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa VRT), o presidente Klaus Schnack aproveitou para pedir apoio do secretário para viabilizar o Centro de Especialidades Médicas e alterar a legislação do SUS, permitindo a coparticipação dos cidadãos.
Em relação aos atrasos na saúde, Lorenzoni disse que o governo reconhece a gravidade do problema e deu prioridade a este assunto para enfrentar a situação. Defendeu a revisão do Pacto Federativo, para que os municípios tenham mais recursos. “É inadmissível que somente 18% fiquem com os municípios, que devem ter autonomia na gestão. Sou parceiro para fazer os movimentos necessários para um novo Pacto Federativo”, assinalou. Agradecendo a presença do secretário, o presidente da Amvat, prefeito Jonatan Brönstrup, ressaltou a importância do encontro e do diálogo, que oportunizou aos chefes dos Executivos apresentarem suas demandas e conhecerem as propostas da secretaria.
Texto: Paulo Ricardo Schneider
Data de publicação: 18/03/2019
Créditos das Fotos: Édson Luís Schaeffer