1º Fórum Estadual de Bandas, Corais e Orquestras ocorreu junto ao Colégio Teutônia. Tecnologias à disposição da música, atração da atenção da mídia e projetos sociais emancipadores pautaram palestras na tarde de domingo

Se pela manhã deste domingo, dia 14 de abril, houve debates no 1º Fórum Estadual de Bandas, Corais e Orquestras junto ao Colégio Teutônia, em Teutônia, à tarde foi a vez de palestrantes apresentarem alternativas ao campo musical. Utilização da tecnologia, dicas de como atrair a atenção da mídia e projetos sociais emancipadores marcaram a programação da tarde, que ainda contou com a oficina de “Arranjos para bandas, corais e orquestras”.
A primeira palestra da tarde foi “A tecnologia e a inovação à disposição da música”, ministrada por Francisco Hauck, da Fábrica do Futuro. “Nosso objetivo com a Fábrica do Futuro foi criar um polo onde se concentram as mais novas tecnologias do mundo. Desde a aplicação da música para a realidade virtual, tratamentos psiquiátricos, entre outros. É um ambiente com várias startups de tecnologia. As soluções que se encontram lá são desde a tecnologia para gravação até as possíveis aplicações da música, contratos de direitos autorais, dar aula pela internet”, expôs.

Em seguida, foi a vez do jornalista e escritor Airton Ortiz falar sobre o tema “Atraindo a atenção da mídia”. Ortiz colocou que o segredo para atrair a mídia é possuir uma relação profissional com os veículos de comunicação e com os patrocinadores. “Não existe evento cultural se não tiver um patrocinador. E o patrocinador só vai patrocinar se ele tiver retorno promocional, ou seja, o evento tem que repercutir na mídia, não necessariamente na mídia tradicional, mas também nas redes sociais”, colocou.
Ortiz ainda comentou que o ideal é os eventos contarem com assessoria de imprensa, onde o profissional tenha boa relação com a mídia tradicional e, também, domínio das redes sociais. “Com um plano de mídia, juntamente com o projeto bem estruturado, é o momento de buscar o patrocinador. Com a repercussão em redes sociais, a grande mídia acaba indo atrás daquele evento, mesmo que não tivesse interesse num primeiro momento”, frisou.
Após Ortiz, a regente da Orquestra Villa Lobos, de Porto Alegre, Cecília Reingantz, falou sobre “Projetos sociais emancipadores”. “São projetos que utilizam a música como ferramenta de inclusão social. No Brasil, tem sido um foco muito importante dentro das ONGs, de buscar a música e a arte como uma forma de instrumentalizar essa meninada numa inserção social. Eu coordeno um trabalho de música de inclusão social por meio da música em uma escola municipal. Esse trabalho tem sido importante para a formação de futuros músicos”, explicou.

Encerrando a tarde, ainda houve a oficina “Arranjos para bandas, corais e orquestras”, com Gilberto Salvagni. “Um arranjador tem que conseguir fazer um arranjo cada vez melhor é a questão de planejamento estratégico. É um primeiro delineamento do ponto de vista expressivo do que vai ser o arranjo. Isso envolve uma análise. Depois destas etapa, que se vai para a parte criativa. O primeiro momento é voltado ao todo e o segundo ao detalhe. Acredito que o segredo para um bom arranjo seja isso”, explanou.

Antes da tarde de palestras, ainda houve a apresentação da Orquestra Jovem de Teutônia. Ao final, ainda houve a apresentação das propostas e Carta do Fórum. As atividades integram os objetivos do Fórum, que propõe, através da formação e o debate de ações no âmbito cultural, permitir a instrumentalização de maestros, produtores culturais e músicos para articulações de formações e captação de recursos, para que se tenha avanços no setor.
O 1º Fórum de Bandas, Corais e Orquestras ocorreu neste final de semana, dias 13 e 14 de abril, e é uma realização do Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Teutônia, através da Secretaria de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer. A promoção é do Sindicato dos Músicos do Rio Grande do Sul, Federação dos Coros do Rio Grande do Sul (Fecors) e da Associação de Bandas do Rio Grande do Sul. O apoio é da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Fábrica do Futuro e Orquestra Villa Lobos.

CRÉDITOS DO TEXTO: Édson Luís Schaeffer

Data de publicação: 14/04/2019

Créditos das Fotos: Édson Luís Schaeffer