Projeto é desenvolvido pelo Creas de Teutônia. Evento reuniu famílias atendidas no grupo Superação, do Cras
O papel do homem na sociedade e as mudanças no conceito de masculinidade e sua influência nas relações familiares foi pauta do encontro “Discutindo masculinidade”, promovido pelo projeto Estamos Juntas, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Teutônia. Realizado na tarde de quarta-feira, dia 24 de julho, no Siticalte, no Bairro Canabarro, o evento reuniu famílias atendidas no grupo Superação, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
Durante o encontro foi feita a conceituação de masculinidade tóxica, que é a ideia cultural definida por violência, sexo, status e agressão, onde a força é tudo. Dentre os exemplos citados estão limitação de sentimentos, encorajamento da violência, falta de incentivo em procurar ajuda, estímulo do estupro, homofobia, misoginia e racismo.
A roda de conversa foi conduzida pelo clínico-geral Fabio Zorthea, que atua também como médico de família e comunidade, e teve o objetivo de incentivar a troca de informações sobre este tema. Na oportunidade, foi debatido sobre assuntos de masculinidade, padrões culturais que estão sendo e devem ser desconstruídos na sociedade, educação dos filhos e violência. Os participantes puderam relatar sobre suas vivências e opiniões envolvendo os temas do encontro. Para Zorthea, tendo em vista que, muitas coisas que são praticadas culturalmente vêm sendo desconstruídas, é de extrema importância ter espaços para falar sobre estas mudanças.
A coordenadora do Creas, Tainá Kovalski, colocou que este assunto é pouco falado na sociedade e que muitos homens podem se sentir angustiados ao se deparar com este tema. “A masculinidade tóxica é prejudicial para os homens e principalmente, para as pessoas que estão próximas a ele. Conversar com os homens e ofertar espaços que discutem e os fazem refletir sobre a masculinidade tóxica é muito necessário, pois é um ato de prevenção. Neste sentido, o Creas continuará abordando assuntos como esses, porque acredita que rever papéis, conceitos, atitudes e desconstruir esta masculinidade tornará o mundo mais equilibrado, justo e melhor”, frisou.
Segundo a assistente social e técnica de referência do projeto Estamos Juntas, Leila Rodrigues Ponciano, cada atividade é planejada pela equipe com o intuito de combater a violência doméstica e tudo o que provoca isso, como preconceitos e ideias que estão enraizados na sociedade. “Pensamos em desenvolver ações para alcançar o maior número de munícipes, levando a informação como forma de conscientização”, enalteceu.
CRÉDITOS DO TEXTO: Larissa Santos
Data de publicação: 25/07/2019
Créditos das Fotos: Larissa Santos