Teutônia receberá na próxima quinta-feira, dia 18, a 85ª Edição da Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, em comemoração ao bicentenário da Independência, com a finalidade de incentivar o amor à pátria, resgatar valores e o civismo. A corrida é uma realização da Liga de Defesa Nacional, organizada pela Associação dos Veteranos e Amigos da 1ª Companhia de Guardas, com o apoio das prefeituras. Na edição deste ano a Companhia realizará a condução do fogo simbólico por 29 municípios do eixo Nordeste, desde o município de Portão até Cacique Doble.
A corrida inicia no dia 13 e no dia 18 de agosto chegará à Teutônia. Às 7h30 o grupo sairá do Posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), no bairro Teutônia, e será conduzido até o Centro Cívico da prefeitura, onde será realizada a solenidade, às 8h, para o recebimento do fogo simbólico, que ficará aceso no município até o dia 07 de setembro.
A comunidade teutoniense está convidada a participar da condução da chama e da solenidade. Após a cerimônia, o fogo será conduzido à Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Alfredo Schneider, para realização de hora cívica com participação de todos os alunos, onde será abordado o tema do bicentenário da Independência. No final da tarde a chama retornará para o Centro Administrativo, onde ficará exposta durante à noite para a comunidade. No dia seguinte, o fogo simbólico será encaminhado à outra escola, seguindo o mesmo cronograma até o dia 06 de setembro, concluindo a passagem da chama por todas as escolas do município.
Após 84 edições, esta é a primeira vez que a Corrida do Fogo Simbólico da Pátria passará por Teutônia, e o governo municipal organizou o cronograma para que o seu significado chegue a todas as crianças e adolescentes, resgatando o civismo e o amor à pátria.
Trajeto
O fogo simbólico será conduzido em carreata pela ERS 128 (Via Láctea), até o trevo da Rua Major Bandeira, no bairro Languiru, para ingressar na Avenida 1 Leste, até o Centro Administrativo.
História
A Liga de Defesa Nacional foi criada por Olavo Bilac, em 07 de setembro de 1916, com a finalidade de desenvolver o espírito cívico de todos os brasileiros.
A ideia da corrida do fogo simbólico surgiu no Brasil em 1936, durante os jogos olímpicos de Berlim, na Alemanha, que inspirado nos gregos, usaram a força do simbolismo da tocha olímpica para representar a união do povo alemão e desenvolver um forte sentimento nacionalista. Com base nesse modelo, a ideia também foi usada por Getúlio Vargas, para legitimar a cultura nacional.
No Rio Grande do Sul a Corrida do Fogo Simbólico foi resultado da apropriação e representação de elementos históricos e culturais, adquiridos durante os jogos de Berlim, por gaúchos, Tulio de Rose, Ernesto Capelli, João Carlos Daudt e Humberto Chas, que lá estavam e ficaram impressionados com a participação do povo durante a cerimônia, em torno do fogo, que representava força e a simbologia de benção e proteção à população, momento em que ficava evidente o grande amor pelo país. Ao retornar, Tulio de Rose, decidiu organizar uma corrida com a tocha cívica, com o apoio da Liga da Defesa Nacional. Sendo assim, a primeira corrida do fogo simbólico no Brasil foi realizada em 1937, no Rio Grande do Sul, e teve como ponto de partida a igreja de Viamão, com chegada à Pira da Pátria, no parque Farroupilha em Porto Alegre.
No início da década de 1940, outros estados começaram a participar do revezamento da tocha, integrando-se ao simbolismo da cerimônia do país.
Em 1947, o Grupo dos 8, liderado por João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, foi até a pira da pátria para acender a chama crioula, que representa uma das maiores tradições da cultura gaúcha.