A solenidade contou apresentação da Orquestra Henrique Uebel, Brigada Mirim e Gideões Mirins. Bombeiros voluntários e Defesa Civil recebem homenagem

Incentivar o amor à pátria, resgatar valores e o civismo. Pelo segundo ano consecutivo, o município de Teutônia recebeu, neste domingo, dia 20, a 86ª Edição da Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, a fim de propagar o lema “A alma de uma nação é o espírito patriótico de seu povo”, com tema nacional homenageando Rui Barbosa, e tema estadual à Revolução de 1923. A corrida é uma realização da Liga de Defesa Nacional, organizada pela Associação dos Veteranos e Amigos da 1ª Companhia de Guardas, patrocínio da empresa Viévi Automóveis e apoio da prefeitura e Mercado Frederico.

O fogo simbólico foi conduzido pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Voluntários e Departamento Municipal de Trânsito, em carreata pela ERS 128 (Via Láctea), até o trevo da Rua Major Bandeira, no bairro Languiru, ingressou na Avenida Um Leste. Ciclistas e cavaleiros do movimento tradicionalista participaram do trajeto que iniciou próximo ao CTG Rincão das Coxilhas e seguiu até a Prefeitura.

Durante a solenidade, a Orquestra Henrique Uebel, sob regência do maestro Lucas Eduardo Grave, realizou a recepção ao público e interpretou o Hino Nacional Brasileiro. A Brigada Mirim se fez presente novamente neste ano, sob coordenação do Soldado Valdoir Teixeira dos Santos, onde realizaram a ordem unida seguida de uma canção. Os Gideões Mirins também fizeram uma apresentação e deixaram uma linda mensagem ao público.

 O município realizou uma homenagem a duas entidades do município de Teutônia, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros Voluntários de Teutônia, pelo trabalho desenvolvido na cidade, em especial, no dia 16 de junho, dia em que mais de 50 famílias tiveram suas casas atingidas por uma das maiores enchentes da história do município.

O Fogo Simbólico ficará exposto aqui no Centro Cívico até o dia 07 de Setembro, quando ocorrerá a cerimônia de extinção e acendimento da Chama Crioula.

 

História

A Liga de Defesa Nacional foi criada por Olavo Bilac, em 07 de setembro de 1916, com a finalidade de desenvolver o espírito cívico de todos os brasileiros.

A ideia da corrida do fogo simbólico surgiu no Brasil em 1936, durante os jogos olímpicos de Berlim, na Alemanha, que inspirado nos gregos, usaram a força do simbolismo da tocha olímpica para representar a união do povo alemão e desenvolver um forte sentimento nacionalista. Com base nesse modelo, a ideia também foi usada por Getúlio Vargas, para legitimar a cultura nacional.

No Rio Grande do Sul a Corrida do Fogo Simbólico foi resultado da apropriação e representação de elementos históricos e culturais, adquiridos durante os jogos de Berlim, por gaúchos, Tulio de Rose, Ernesto Capelli, João Carlos Daudt e Humberto Chas, que lá estavam e ficaram impressionados com a participação do povo durante a cerimônia, em torno do fogo, que representava força e a simbologia de benção e proteção à população, momento em que ficava evidente o grande amor pelo país. Ao retornar, Tulio de Rose, decidiu organizar uma corrida com a tocha cívica, com o apoio da Liga da Defesa Nacional. Sendo assim, a primeira corrida do fogo simbólico no Brasil foi realizada em 1937, no Rio Grande do Sul, e teve como ponto de partida a igreja de Viamão, com chegada à Pira da Pátria, no parque Farroupilha em Porto Alegre.

No início da década de 1940, outros estados começaram a participar do revezamento da tocha, integrando-se ao simbolismo da cerimônia do país.

Em 1947, o Grupo dos 8, liderado por João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, foi até a pira da pátria para acender a chama crioula, que representa uma das maiores tradições da cultura gaúcha.

Data de publicação: 21/08/2023

Créditos: Assessoria de Imprensa

Créditos das Fotos: Egon Habel/Divulgação