No Brasil, a grande maioria dos insumos farmacêuticos para produção de medicamentos são importados da China e da Índia. Com a redução na fabricação e dificuldade na logística de entrega, aliado ao aumento da demanda, o problema afeta todo o país.
A dificuldade em adquirir medicamentos como antibióticos, antialérgicos, analgésicos, anti-inflamatórios e xaropes para tosse, ocorre tanto na rede pública de saúde, como na rede privada, inclusive em hospitais de todo o Estado, conforme levantamento do Conselho Regional de Farmácia gaúcho (CRF-RS), assim como, em todo o país.
O desabastecimento é maior em medicamentos usados contra doenças respiratórias, que ocorrem com mais frequência neste período do ano.
Para fabricação dos medicamentos, o Brasil depende de importação de matéria-prima, sendo a grande maioria dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) vêm da China e da Índia. A guerra entre a Rússia e Ucrânia influencia diretamente o fluxo das importações e exportações, em função da logística dos portos e aeroportos. Além disso, o preço do petróleo e do dólar tornam o processo de fabricação mais oneroso.
A origem deste problema é multifatorial, pois envolve a menor oferta de medicamentos e de embalagens, em função da dificuldade de importação e redução da fabricação, e também pela maior demanda por estes remédios, em virtude do inverno rigoroso, período em que há maior procura para tratamento de doenças respiratórias e sequelas do Covid-19.
A farmacêutica Caroline Brandão explica que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para resolver o problema, porém, muitos fatores fogem da alçada municipal. “A dificuldade está na falta de oferta de medicamentos para aquisição do município, visto que se trata de um problema nacional, de ordem mundial”, ressalta.
Data de publicação: 27/07/2022
Créditos: Assessoria de Imprensa Teutônia
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