Recentemente o município de Teutônia apresentou casos suspeitos de meningite viral. No entanto, somente dois casos foram confirmados por laboratório local e aguardam confirmação do Laboratório Central do Estado (LACEN). A equipe da Vigilância Epidemiológica ressalta que foram casos isolados, que não se caracterizam como surto. Esclarece ainda que, para que haja ocorrência de surto, é necessário que várias pessoas da mesma localidade, escola ou empresa contraiam a doença ao mesmo tempo. Os casos que aguardam confirmação do LACEN seguem sendo monitorados, diminuindo a chance de agravamentos e de possíveis contágios.
É importante que as pessoas se atentem a confirmar se a informação recebida é verídica, junto aos órgãos competentes, evitando a disseminação de alertas ou notícias falsas, causando pânico desnecessário na população.
O que é meningite?
A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. É causada, principalmente, a partir da infecção por vírus ou bactérias; no entanto, outros agentes também podem causar meningite, como fungos e parasitas. Trata-se de uma doença de notificação compulsória, ou seja, todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser imediatamente avisados para a Vigilância em Saúde.
Doença Meningocócica (DM)
A doença meningocócica é uma infecção bacteriana, que pode causar inflamações como a meningococcemia e a meningite. Ela possui diversos sorogrupos. Os mais frequentes são A, B, C, Y e W. Sua transmissão ocorre através do contato direto com a pessoa infectada, por meio de secreções respiratórias, mesmo que esta seja assintomática. Em crianças acima de 1 ano e adultos, os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez de nuca, convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo. Em crianças abaixo de 1 ano, os sintomas podem não ser tão evidentes.
Meningite viral
As meningites virais são aquelas causadas por vírus, sendo os enterovírus responsáveis pela doença em 85% dos casos. São caracterizadas por um quadro clínico com evolução autolimitada e benigna; é a forma menos grave da doença. Não há tratamento específico, geralmente requer apenas a terapia de suporte. As manifestações clínicas assemelham-se às viroses em geral.
Meningite bacteriana
A meningite bacteriana aguda é a infecção por bactéria rapidamente progressiva nas meninges, sendo a forma mais grave da doença. O diagnóstico é por análise do líquido cefalorraquidiano extraído da medula. Seu tratamento é baseado em antibióticos e corticoides e administrado em ambiente hospitalar, onde o paciente recebe assistência médica intensiva.
Sintomas
Os sintomas podem variar dependendo do tipo de meningite. As meningites provocadas por vírus costumam ser mais leves e os sintomas se parecem com os das gripes e resfriados. A doença ocorre, principalmente, entre as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, falta de apetite e irritação. Já no caso de meningites bacterianas, os sintomas logo aparecem; são eles febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo e vômito em jatos. Os sintomas podem ser um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue, aumentando o risco de infecção generalizada. Nos bebês é possível, também, observar moleira tensa ou elevada, gemido quando tocado, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo “mole”.
Tratamento
Após a avaliação médica e a realização de exames, o tratamento será indicado de acordo com o agente causador da infecção. Não há tratamento específico para a meningite viral e, como acontece com outras viroses, ela é curada espontaneamente, podendo ser utilizados medicamentos que tratem apenas dos sintomas, como dor e febre. Meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, em ambiente hospitalar.
Medidas de prevenção e controle
• A principal medida de controle a ser desencadeada nas Doenças Meningocócicas para reduzir o contágio e, consequentemente, o número de casos, é a notificação e investigação oportuna da suspeita. Outras medidas importantes são a higienização das mãos, higienização e ventilação do ambiente e o cuidado com os alimentos que estiveram expostos à contaminação.
• A Vigilância em Saúde de Teutônia deixa as seguintes recomendações aos pais e responsáveis:
• Estejam atentos aos sinais e sintomas, principalmente em crianças menores de 5 anos; se estes existirem, procurem imediatamente um médico para um diagnóstico seguro e tratamento eficiente.
• Se a criança tiver febre alta, não a leve para a escola. Procure um médico para saber o motivo da febre.
• Comuniquem a escola e a Vigilância em Saúde se a criança estiver com meningite confirmada.
• Após a alta, a criança não apresenta mais riscos de contaminação, podendo voltar normalmente às atividades cotidianas e ao convívio com outras crianças.
• A limpeza e a higiene devem ser habituais e rigorosas, principalmente em ambientes onde exista grande aglomeração de pessoas.
Importância da Vacinação
Atualmente, há duas vacinas disponíveis nas unidades de saúde que previnem casos de meningite. Trata-se da Vacina Meningocócica C, aplicada no primeiro ano de vida, ao 3 meses, aos 5 meses, e com 1 ano de idade completo; e a Vacina ACWY, aplicada aos 11 anos de idade. Também é de extrema importância manter o esquema de vacinação básico (tétano, hepatite B, tríplice viral, febre amarela e etc) de crianças, adolescentes e adultos em dia.
Contatos da Vigilância em Saúde de Teutônia
• Vigilância Sanitária: (51) 99659-2756
• Vigilância Epidemiológica: (51) 98577-0319 e (51) 98577-0323
• Vigilância em Saúde do Trabalhador: (51) 99808-5673
• Vigilância Ambiental: (51) 99386-8459