Bairro Languiru concentra quase metade dos focos. Ao todo, são 16 focos do mosquito

Mesmo com dois casos de dengue confirmados e três suspeitos no ano passado, além das ações de conscientização, o número de focos do mosquito Aedes aegypti ainda é considerado preocupante em Teutônia. A Vigilância Ambiental do município realizou, entre os dias 3 e 7 de fevereiro, o levantamento de índice rápido (Liraa), em todos os bairros e detectou 16 focos, sendo quase a metade no Bairro Languiru.

Durante o Liraa, a Vigilância Ambiental, através das agentes de combate de endemias e em parceria com os agentes comunitários de saúde, percorreu pátios em todos os bairros do município, realizando coletas de larvas de mosquitos e verificação das condições dos terrenos. Durante a ação, foram coletados 54 tubitos. Destes, 16 tubitos foram confirmados, no Laboratório de Entomologia da Vigilância Ambiental, com larvas de Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, número maior se comparado com edições anteriores do Liraa.

O bairro com maior número de focos é Languiru com sete tubitos com larvas do mosquito Aedes detectadas. O número representa quase a metade de todas as larvas de todos os bairros da área urbana de Teutônia. “Trata-se de um fato preocupante, considerando a alta qualidade das residências neste bairro”, adverte o coordenador da Vigilância Ambiental, Evandro do Canto Borba.

No Bairro Centro Administrativo foram encontradas larvas do Aedes em três tubitos; no Bairro Canabarro, três tubitos; e no Bairro Alesgut, também três tubitos com larvas do Aedes aegypti.  Já nos bairros Teutônia e Boa Vista não foram encontradas larvas do mosquito.

População convocada para combater os criadouros

Durante o Liraa, foram vistoriados pátios e as famílias receberam orientações sobre os perigos do mosquito, além da importância de eliminar todos os potenciais criadouros do Aedes aegypti. Os criadouros encontrados com maior número de larvas do Aedes foram recipientes para armazenar água da chuva, vasos de flor e bromélias.

Diante da representatividade dos resultados, as Vigilâncias Ambiental e Sanitária reforçam as ações de combate ao vetor, especialmente nas regiões em que os focos foram localizados. Neste sentido, a população está convoca a cooperar com os cuidados básicos em seus pátios, terrenos e residências. “As doenças produzidas pelo Aedes não escolhem classe social. Com isso, é preciso salientar a recente entrevista do Ministro da Saúde em que ele adverte que os casos de dengue são mais preocupantes em 2020. Tal afirmativa, refere-se ao aumento de casos confirmados de dengue em 2020, em torno de 71% a mais que o mesmo período de 2019”, expõe Borba.

Teutônia tem possibilidade de ter mosquitos contaminados

Considerando os dois casos autoctones confirmados em 2019, além dos quatro suspeitos, Teutônia tem uma grande possibilidade dos mosquitos Aedes Aegypti estarem infectados com os vírus da dengue, zika e chikungunya. “Por isso, se faz necessária a adoção de medidas preventivas por toda população teutoniense, visando eliminar o mosquito, evitando assim a contaminação. A prevenção é a melhor maneira de promover e prevenir a saúde da população de Teutônia”, afirma o coordenador da Vilância Ambiental.

DICAS PARA COMBATER O AEDES AEGYPTI

O combate do Aedes aegypti é tarefa de todos. Por isso, siga essas dicas:

– Baldes e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo;

– Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa e use cloro para tratar a água;

– Coletor de água da geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de água, que deve ser lavado uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado;

– Calhas: Mantenha-as sempre limpas, sem folhas e nivelada, melhorando, assim, a passagem de água;

– Cacos de vidro nos muros: Quebre todos os cacos que possam acumular água ou vede com cimento;

– Garrafas de vidro ou de plástico (pet): As garrafas devem ser, obrigatoriamente, embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca parta baixo;

– Lajes: Não deixe água acumular nas lajes, mantendo-as sempre secas;

– Ralos: Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso;

– Vasos sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com plástico;

– Plantas que acumulam água: Evite plantas que acumulem água ou retire, semanalmente, a água das folhas;

– Suporte de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca ou mantenha vedado quando não estiver em uso;

– Falhas nos rebocos: Conserte ou nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;

– Caixas de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e vedados com tampa;

– Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados e os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;

– Objetos que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche bem e jogue corretamente no lixo;

– Vasilhas para animais: Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por semana;

– Pratinhos de vasos com plantas: Mantenha-os limpos e coloque areia até a borda;

– Objetos d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os de areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas do mosquito;

– Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água;

– Lixeira dentro ou fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e protegida da chuva, além de fechar bem o saco plástico.

CRÉDITOS DO TEXTO: É dson Luís Schaeffer

Data de publicação: 11/02/2020

Créditos das Fotos: Édson Luís Schaeffer/arquivo